O sentido original do termo PR 2.0 está sendo corrompido. Mesmo as grandes agências estão aplicando as velhas estratégias nas novas mídias em busca de resultados mais imediatos e pouco relevantes, como sempre foi. Ignoram os reais relacionamentos com stakeholders e trocam tudo isso por simples citações em blogs com posts vendidos.
As afirmações desse post seguem uma conversa que tive recentemente com um amigo que trabalha em uma das maiores agências multinacionais de relações públicas estabelecidas em São Paulo.
O broadcast de informações continua a reinar nas novas mídias e as métricas utilizadas tendem a ser as mesmas das mídias convencionais.
O mercado se rende a busca de resultados a curto prazo
Acredito que é do conhecimento de todos a utilização daquela técnica furada de centimetragem por agências de assessoria de imprensa. O assessor tenta emplacar o maior número de citações sobre o seu cliente e depois sai medindo o retorno de acordo com o espaço do texto comparado com a tabela de preços de anúncios publicitários em jornais ou revistas, independente se o tom da matéria é positivo ou negativo e, pior, comparando relações públicas com publicidade, como se laranjas fossem iguais a maçãs (fazendo uma analogia bem tosca).
A adaptação dessa técnica para o mundo virtual é no relacionamento com bloggers, quando os mesmos assessores tentam emplacar seus releases em algum post por aí e depois entregam o resultado para o cliente com o número de publicações que replicaram alguma parte das suas mensagens. Em muitos casos, isso inclui a compra desses posts, aproveitando-se do fato que bloggers são muito mais vulneráveis ao fator financeiro e não obedecem nenhum código de ética, como os jornalistas.