sábado, 26 de dezembro de 2009

O que as empresas realmente querem?


Como relatório final sobre a minha busca de empregos de volta ao Brasil, quero propor alguma reflexão e deixar dúvidas no ar. Entre elas:
  • Serviços de publicação de currículos pagos valem a pena?
  • As empresas buscam apenas funcionários de carreira?
Até aqui, não tive mais nenhuma convocação para entrevistas. Aquelas duas que ocorreram no primeiro mês da minha chegada foram as únicas e provenientes de contatos pessoais. Para não ser injusto, nessa última semana tive uma entrevista virtual pelo site Curriculum.com.br, mas era para a área de vendas, a qual eu nem tinha me candidatado em meu perfil.

No geral, nenhum site me deu retorno positivo e dois deles são serviços pagos. Avaliação:
CATHO
  • Número de vagas apresentadas é satisfatório;
  • Qualidade das vagas varia muito;
  • Recebi apenas uma chamada, mas eu ainda nem estava no Brasil.
  • Número de vagas muito pequeno;
  • Qualidade das vagas é duvidosa;
  • Plano pago não favorece o posicionamento na pesquisa para o perfil de comunicação, as estatísticas mostram que o meu posicionamento não mudou muito após contratar o plano;
  • Recebi pedido de entrevista virtual para a área de vendas.
  • Vagas aparecem esporadicamente;
  • Qualidade muito boa, são de bom nível porque o cliente paga para publicar, o que é um bom filtro;
  • Nenhum pedido de entrevista.
Acima estão os principais serviços. Outros sem resultado, na minha busca, incluem:
Os sites de nicho costumam ser uma boa saída para buscas de emprego. Felizmente, em RP possuímos a REDE RP, uma iniciativa muito positiva, mas a atualização já não é tão freqüente quanto costumava ser. Enviei para diversas vagas e também não tive sucesso.

A discussão pode ir longe no assunto, para dizer que o fim do ano não é o melhor momento ou que eu estou querendo resultados em pouco tempo. A primeira afirmação prova-se uma inverdade, já que o número de vagas desmente isso. E querer resultados deveria ser encarado como natural, como qualquer coisa em que você investe seu tempo.

Bom, a tese, agora, é que o problema real está no meu perfil. Não seguir a receita corporativa do desenvolvimento profissional tem seu preço e as ferramentas que estou usando para alcançar o meu objetivo podem não ser as mais certas para o meu caso. Eu posso entender o porquê das empresas preferirem aquele cara que segue os passos direitinho e isso está longe de ser a minha situação.

Então, mesmo com prêmios da ABRP, bons estágios, vivência internacional e fluência em outras línguas, você pode ficar no fim da fila se não fizer o caminho conservador. E confesso que quando você é recém-chegado de outro país isso parece uma coisa extremamente retrógrada.

MAS A HISTÓRIA MUDA QUANDO O SEU PERFIL BATE
Há cerca de três semanas, eu abordei um empresário da área de comunicação ao saber que ele estava montando uma nova agência de marketing digital. Fiquei impressionado quando recebi uma resposta direta dizendo que gostou da minha abordagem e que eu deveria ligar para falarmos de uma eventual oportunidade. Foi o momento mais feliz que eu tive desde que eu voltei ao Brasil, eu só não consigo encontrá-lo disponível :-( Coisa de empreendedor workaholic. Ainda falo com cara, nem que eu tenha que fazer o curso dele na ESPM.

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