domingo, 27 de dezembro de 2009

Gain a language and you gain a second lens through which to question and understand the world - Tim Ferriss

Aproveite a chance de dobrar a sua experiência de vida. Existe muita coisa além do que podemos ler em nossa língua nativa.

sábado, 26 de dezembro de 2009

Seja a mudança que você deseja ver no mundo - Mahatma Gandhi

Em 2010, eu vou colocar em prática uma série de planos para fazer a diferença.
E você? O que vai fazer para liderar a sua tribo?

Presente para você - Estude mais RP em 2010

No Reino Unido, países da Commonwealth e alguns outros estados europeus, hoje é Boxing Day.

De todos os significados pregados, eu prefiro o que diz que é o dia de agradecer à comunidade por todos os seus esforços ao longo dos anos.

Alguns dias atrás, eu recebi uma série de links para webinars sobre RP que eu acredito serem extremamente valiosos para aqueles que querem ouvir sobre o assunto e, como eu prego, beber de outras fontes também.

Veja abaixo a lista de webinar que eu recebi da Voccus e compartilho com todos vocês. Espero que apreciem.


1.
Distribution in the New Era of Social Media
Featuring Brian Solis, Author and Principal, FutureWorks

2.
Creating an Effective Social Media Strategy Using the New Rules of Marketing & PR 
Featuring David Meerman Scott, Marketing and PR Strategist; Award-winning Author

3.
How to Use Online News Releases to Drive Social Media Campaigns 
Featuring Ed Adams, Public Affairs Manager at E.I. du Pont de Nemours and Company, Inc. and Harry Brooks, Owner of Search First Internet Marketing

4.
Monitoring the Social Media Conversation:
From Twitter to Facebook
 

Featuring Rob Key, CEO & Founder, Converseon and Jenna Petroff, Manager of Public Relations, Hardee's Food Systems, Inc.

5.
Analyzing the Impact of Social Media:
From Twitter to Facebook 

Featuring Sarah Evans, Creator, PRSarahevans.com and Elizabeth Friedland, Account Executive, TrendyMinds

6.
PR Planning Considerations for 2010
Featuring Deirdre Breakenridge, Author and President, PFS Marketwyse


O que as empresas realmente querem?


Como relatório final sobre a minha busca de empregos de volta ao Brasil, quero propor alguma reflexão e deixar dúvidas no ar. Entre elas:
  • Serviços de publicação de currículos pagos valem a pena?
  • As empresas buscam apenas funcionários de carreira?
Até aqui, não tive mais nenhuma convocação para entrevistas. Aquelas duas que ocorreram no primeiro mês da minha chegada foram as únicas e provenientes de contatos pessoais. Para não ser injusto, nessa última semana tive uma entrevista virtual pelo site Curriculum.com.br, mas era para a área de vendas, a qual eu nem tinha me candidatado em meu perfil.

No geral, nenhum site me deu retorno positivo e dois deles são serviços pagos. Avaliação:
CATHO
  • Número de vagas apresentadas é satisfatório;
  • Qualidade das vagas varia muito;
  • Recebi apenas uma chamada, mas eu ainda nem estava no Brasil.
  • Número de vagas muito pequeno;
  • Qualidade das vagas é duvidosa;
  • Plano pago não favorece o posicionamento na pesquisa para o perfil de comunicação, as estatísticas mostram que o meu posicionamento não mudou muito após contratar o plano;
  • Recebi pedido de entrevista virtual para a área de vendas.
  • Vagas aparecem esporadicamente;
  • Qualidade muito boa, são de bom nível porque o cliente paga para publicar, o que é um bom filtro;
  • Nenhum pedido de entrevista.
Acima estão os principais serviços. Outros sem resultado, na minha busca, incluem:
Os sites de nicho costumam ser uma boa saída para buscas de emprego. Felizmente, em RP possuímos a REDE RP, uma iniciativa muito positiva, mas a atualização já não é tão freqüente quanto costumava ser. Enviei para diversas vagas e também não tive sucesso.

A discussão pode ir longe no assunto, para dizer que o fim do ano não é o melhor momento ou que eu estou querendo resultados em pouco tempo. A primeira afirmação prova-se uma inverdade, já que o número de vagas desmente isso. E querer resultados deveria ser encarado como natural, como qualquer coisa em que você investe seu tempo.

Bom, a tese, agora, é que o problema real está no meu perfil. Não seguir a receita corporativa do desenvolvimento profissional tem seu preço e as ferramentas que estou usando para alcançar o meu objetivo podem não ser as mais certas para o meu caso. Eu posso entender o porquê das empresas preferirem aquele cara que segue os passos direitinho e isso está longe de ser a minha situação.

Então, mesmo com prêmios da ABRP, bons estágios, vivência internacional e fluência em outras línguas, você pode ficar no fim da fila se não fizer o caminho conservador. E confesso que quando você é recém-chegado de outro país isso parece uma coisa extremamente retrógrada.

MAS A HISTÓRIA MUDA QUANDO O SEU PERFIL BATE
Há cerca de três semanas, eu abordei um empresário da área de comunicação ao saber que ele estava montando uma nova agência de marketing digital. Fiquei impressionado quando recebi uma resposta direta dizendo que gostou da minha abordagem e que eu deveria ligar para falarmos de uma eventual oportunidade. Foi o momento mais feliz que eu tive desde que eu voltei ao Brasil, eu só não consigo encontrá-lo disponível :-( Coisa de empreendedor workaholic. Ainda falo com cara, nem que eu tenha que fazer o curso dele na ESPM.

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Social Media Guru

Milhares de profissionais de comunicação, marketing, web, entre tantas outras áreas, estão por aí vendendo a idéia de que são os gurus das mídias sociais. Você já deve ter parado para ler as bio tags de alguns caras no Twitter e se deparado com algo como: "apaixonado por social media", "estudioso das mídias-sociais" etc. Virou moda, é hype, e todo mundo quer um pedaço dessa onda.

Sim, social media é realmente o buzz do momento e existem profissionais bastante experientes no mercado, mas a maioria apenas tenta alcançar o status de líder de opinião para fazer algum trocado no meio ou juntar uma horda de seguidores.

A conclusão a que alguns chegaram até o momento é que as mídias sociais são um troço tão novo que é realmente difícil encontrar um cara que possa ser chamado de guru ou expert. Como em todo negócio, existem líderes de opinião, mas este grupo também pode ser dividido entre aqueles que "fazem", outros que apenas "pensam" ou "estudam" e o último grupo que finge que faz, pensa ou estuda alguma coisa, para não ficar de fora.

Quando você for procurar alguém que seja do ramo para desenvolver algum trabalho para você, preste atenção no que o cara já fez, os trabalhos que desenvolveu antes e os resultados que apresentou. Ou, como o vídeo abaixo diz, ele vai te enrolar o tempo suficiente para apenas conseguir fugir com o seu dinheiro... o que, na verdade, é uma piada, mas já faz parte do estigma criado para o novo profissional.



As social media ainda vivem uma fase de empreendedorismo, sem fórmulas, onde muita gente ainda está experimentando, tendo sucesso e fracassando também... especialmente este último. Toda essa experiência é muito benéfica e deve se consolidar melhor com o tempo, apesar de toda a dinâmica da rede.

Se eu posso dar um conselho sobre o tema, de alguém que não tem nada de guru, digo para você observar a dinâmica das interações sociais no meio digital, mais do que as ferramentas em si, e resgatar todas aquelas aulas de sociologia e antropologia que você pensava que não serviriam para nada, mas sempre tiveram sua razão de ser.

Quando eu estudava RP na faculdade, era muito comum ver pessoas extremamente descontentes com algumas dessas disciplinas humanas. Mas agora, afinal, pode ser que Lévi-Strauss, Pierre Levy e Malinowski façam a real diferença na sua profissão.

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Billy quer um cachorro

Estava eu passeando pelo blog do Dave Jones, VP de comunicação digital da Hill & Knowlton do Canadá, e encontrei um vídeo ótimo feito por Olivier Baillou para explicar a atividade do lobista (ou public affairs), mais precisamente para explicar o porquê de contratar um profissional especializado no assunto.

O resumo ficou muito bom para 120 segundos de animação. É o tipo de coisa bem construída, gostosa de ver, e mostra a capacidade de passar a informação de forma simples, usando analogias mas atingindo diretamente o objetivo. Linguagem de vídeo não é como twitter, mas fazer um vídeo assim é tão complexo quanto escrever algo relevante e objetivo em 140 caracteres: nem todos têm sucesso.


quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Pitch with me



Eis que trombei com uma idéia que me pareceu simples e extremamente poderosa: Pitch with me!
O site foi construído sobre a plataforma Wordpress, extremamente simples de implementar e tem uma proposta muito colaborativa: compartilhar recursos e fontes para construção de releases.

Eu desconheço um termo que tenha o mesmo significado em português, mas para os que não estão acostumados com o jargão anglo-saxônico para o mercado de comunicação, pitch quer dizer algo como "promover ou vender" e está muito ligado a situações de assessoria de imprensa ou concorrência entre agências.

No caso, estamos falando de vender ou promover um cliente por meio de press releases e media relations (assessoria de imprensa).

A dinâmica é simples: a pessoa preenche um formulário com seus contatos, sua localização, dá uma visão geral sobre o assunto que deseja escrever e o tipo de recursos ou fontes que está procurando.

A idéia parte do princípio de que um release colaborativo, que compartilha diversas fontes e recursos, mesmo entre diferentes empresas, pode ser mais poderoso para gerar pautas, chamar a atenção dos jornalistas e ajudá-los a ganhar tempo.

Você acha que uma coisa dessas funciona aqui no Brasil? Aparentemente, a iniciativa está sendo muito elogiada e é apontada como uma tendência dentro das assessorias lá de fora.

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Dia das Relações Públicas

Foi em 1976 que surgiu a história do Dia Nacional das Relações Públicas. Se vocês leram algo sobre a fundação das primeiras entidades de classe, devem sentir que aqueles profissionais que cavaram as primeiras trincheiras pareciam bastante determinados em criar espaço para a nossa profissão.

Muita coisa mudou nesse país. Cursos foram criados de norte a sul, houve regulamentação (discutida até hoje), algumas empresas trouxeram a cultura do RP de fora e ajudaram a consolidar os primeiros passos, mas ainda lutamos muito por reconhecimento. É preciso dizer que ainda precisamos de muito mais.

Poucos cursos oferecem realmente o que o mercado precisa, a tecnologia progride mais rápido que a mudança das grades curriculares e os mestres da geração X ficam perplexos e sem reação. Entidades de classe se enchem de burocratas e políticos e pouco oferecem para o avanço real da profissão e do profissional. Fazem pouco para oferecer opções de melhorar a nossa competência e brigam para criar uma reserva de mercado por meio de leis fajutas.

Eu sou a favor da competência profissional e sei que existem jornalistas, advogados, engenheiros e pessoas de muitas outras formações que encabeçam de forma competente diversos departamentos de comunicação pelo país. O triste disso tudo não é que eles estejam lá, mas que os RPs fiquem atrás no mesmo quesito, a competência. Segundo a última pesquisa da ABERJE, RPs estão em segundo lugar entre as lideranças dos departamentos de comunicação corporativa, uma área que seria nossa por natureza... mas não é, por mérito.

Mudar a imagem do próprio RP ainda é um desafio quando se vê uma classe desunida, com entidades capengas que pouco ajudam, sem ligação com o mercado, com líderes que não buscam mais conhecimento, ignoram administração estratégica, marketing, pesquisa, mensuração de resultados e a construção de relacionamentos.

Para os próximos anos, eu quero muito mais do que isso. Nós podemos e vamos fazer mais e melhor:
  • Deixe de preguiça e estude os números. Quem te disse que RP não tem matemática? Aprenda pesquisa, estatística e conceitos como ROI e gerenciamento de projetos;
  • Leia muito mais do que Margarida Kunsch. Se você não sabe uma outra língua, aprenda e multiplique sua capacidade de absorver conhecimento direto da fonte, especialmente de outros mercados desenvolvidos;
  • Não vote nos mesmos burocratas. Busque alguém que se aproxime do mercado de verdade;
  • Pare de chorar porque contrataram um jornalista no lugar de um RP, mostre seu valor;
  • Estude marketing e administração. Saiba onde se colocar estrategicamente;
  • Compartilhe informação relevante. Dê aulas sobre o que realmente importa!
Melhorar a profissão é trabalho de todos. Nós nascemos para ser melhor do que nossos antepassados.

Feliz Dia Nacional das Relações Públicas.